Transformação digital e novos média, por André Lopes Cardoso
A era digital revolucionou a forma de comunicar, aposta-se primordialmente na Comunicação Digital, em prol da Comunicação tradicional em Papel ou offline. A revolução tecnológica impôs-se no mundo principalmente durante o inicio do século XXI, mas percebe-se, após curta análise, que está a dar os primeiros passos. O que nos anos 80 e 90 do século XX se considerava de difícil acesso, agora torna-se mais simples, recorrendo a tecnologia de ponta que vem, de facto, afectar as nossas vivências e alterando a nossa vida – transformação digital.
As grandes empresas são forçadas a modernizar-se, correndo o risco, caso não o façam, de não conseguirem acompanhar os mercados emergentes. É um processo no qual as empresas fazem uso da tecnologia para melhorar o desempenho, aumentar o alcance e garantir resultados melhores. É uma mudança estrutural nas organizações dando um papel essencial para a tecnologia.
Dever-se-á retirar partido das plataformas que nos são colocadas à disposição, fala-se de Instagram, Youtube, Linkedin, Twitter – Redes Sociais.
As redes sociais são websites e aplicações que podem ter diferentes âmbitos: profissional, colectivo, musical, mas sempre permitindo a partilha de conteúdos e informações entre pessoas e empresas, o dito feito de rede, conhecido também como Lan. Deste modo, abriu-se caminho para uma nova forma de relacionamento entre empresas e pessoas, perdendo-se a privacidade, aumentando-se a interacção e a comunicação directa, potenciada pelo anúncio de produtos e/ou serviços.
É importante perceber que o modelo de consumo tem-se alterado, há cada vez mais utilizadores no mundo digital, principalmente através de smartphone, devido à sua portabilidade e autonomia.
Segundo dados Facebook de 2017, a plataforma da Facebook tem 1.180 milhões de utilizadores activos diariamente, o que significa um crescimento anual na ordem dos 17%; existem 1.790 milhões de utilizadores activos diariamente via mobile no Facebook.
A faixa etária de utilizadores de redes sociais é bastante alargada, mas o tipo de conteúdo que procuram é bastante diferente, se as camadas mais jovens preferem o Instagram ou o Snapchat, as mais velhas preferem o Facebook. Os primeiros consomem cada mais vez rápido e o Instagram fomenta esse tipo de comunicação, através de InstaStories ou outros serviços disponibilizados, evitando longos textos, valorizando a imagem e o vídeo de curtíssima duração.
Segundo dados da Hootsuite de 2016, o Instagram tem mais de 500 milhões de utilizadores activos mensalmente; os utilizadores de Instagram já partilharam mais de 40 biliões de fotos, em média, 95 milhões de fotos e imagens são partilhadas todos os dias; as postagens com, pelo menos, uma #hashtag conseguem,em média, mais 12,6% de engagement do que os postagens sem #hashtag.
No inicio de 2015, a Monarquia Inglesa criou perfis oficiais de Instagram para o Príncipe William, Kate Middleton e Príncipe Harry e, um dia após o lançamento, cada um deles detinha mais de 80 mil seguidores. As contas são sérias e a ideia é revelar a agenda e o dia-a-dia da família, aproximando-se assim dos seus seguidores. No passado, a política da comunicação nem semprefoi um factor fulcral na Monarquia, e o contacto com o publico estava reservado para ocasiões especiais. Longe vão esses dias em que as famílias reais se fechavam no seio familiar. A família real inglesa tem nas novas tecnologias e nas redes sociais um autêntico aliado na conquista da simpatia dos seguidores.
Com estas novas tendências, há que criar planos de marketing, com ferramentas que captem o nosso público, de modo a conseguirmos transmitir a nossa mensagem. Quem não se actualiza corre o risco de ser ultrapassado pelos tempos. O melhor mesmo é encarar que houve, de facto uma mudança de paradigma.
Contributo do Secretário-geral da JMP para a Gazeta Real do Alto Minho n.º 16.
O número 16 da Revista pode ser lido na íntegra aqui.