Na tarde de sábado, finda a ordem de trabalhos, uma dúzia de jovens monárquicos sentou-se ao redor de uma mesa para receber a Teresa Corte Real, vogal da Causa Real, e pensar em conjunto a que são chamados enquanto monárquicos num ano de profundas transformações sociais.

A Teresa começou por interpelar o grupo com algumas perguntas para uma reflexão conjunta.

Porque não se aproximam as pessoas, em massa, do movimento monárquico? Porque continua o movimento preso aos mesmos estigmas de sempre? Porque é tão difícil ter uma presença contínua nos espaços académicos? Porque…? Porque…?

As respostas foram surgindo, «porque o movimento não está a responder a uma necessidade concreta das pessoas», «porque existe uma enorme confusão entre o que é comum e intrínseco a todos os monárquicos e as outras tradições a que alguns na sua liberdade decidem aderir», «porque o preconceito e a resistência à mensagem desencorajam muito»,…

Feito um primeiro levantamento do estado da arte, coube procurar algumas soluções. A Teresa deixou a provocação,

«O que nos distingue, afinal?» dar lugar a um contributo muito importante para a reflexão que cabe a todos e que cumpre partilhar, «Ser monárquico é defender aquilo que nos é próprio enquanto portugueses.»

Na prática, as questões da identidade portuguesa traduzem-se na língua, na cultura, e na sociabilidade. Lembrou a enorme comunidade imigrante que em muitos meios escolares precisa de apoio a nível da língua portuguesa, e em relação à qual os núcleos académicos da JMP podem tomar medidas. Também a atitude de acolhimento em relação a todos os estrangeiros, e de aprofundamento dos laços com os nossos irmãos lusófonos. Ainda, a não indiferença perante a destruição de milhares de hectares em Portugal pelos incêndios, e o chamamento a um comportamento ativo no apoio às populações.

Ficou assim lançado o desafio a todos os associados universitários que desejem desenvolver atividade através do núcleo académico de estudantes monárquicos e (1) estudem na Faculdade de Direito – contactar nemfdl@gmail.com pondo em CC lisboa@juventudemonarquicaportuguesa.pt, (2) frequentem a Faculdade de Letras – contactar jmonarquicap.porto@gmail.com, ou (3) queiram ativar um núcleo académico na sua universidade – contactar secretaria-geral@juventudemonarquicaportuguesa.pt

Também o repto foi feito para que todos colaborem para o sucesso da execução do proposto na moção de estratégia sectorial aprovada em IX Assembleia-geral «Dia Mundial do Ambiente 2018: Plantar uma árvore», que visa por um lado a plantação de árvores em áreas afetadas pelos fogos mediante parceria com ONG portuguesa de reflorestação, e por outro a medida «arredonda» na loja online da JMP para angariação de fundos para as vítimas dos incêndios.

Passou-se depois para a partilha de experiências entre o grupo sobre a forma como a convicção monárquica influenciou (ou não) as suas experiências de cidadania política. Quem lançou o mote foi o Manuel Barata de Tovar pela JSD, seguido do Jorge Costa Rosa pela JP e moderado pela Carmo Pinheiro Torres que falou também sobre o seu envolvimento em movimentos cívicos.

As conclusões a que se chegaram foram que tanto o patriotismo como o sentimento de pertença e da existência de um laço emocional a todos os portugueses, começam por ser o ponto de partida do envolvimento na vida pública portuguesa. Depois, a responsabilidade social para a qual cada um se sente impulsionado, e que nasce de uma solidariedade, tão característica portuguesa, bem como do exemplo da Família Real, que dedica a sua vida a um vasto conjunto de causas de interesse público e à promoção de oportunidades na lusofonia.

Da partilha foi notória a necessidade de empoderamento dos jovens nas suas convicções e nos instrumentos de ação e expressão individual, sem temer o poder instalado e o status quo.

A mudança é possível, e começa contigo.

Inscreve-te hoje na Juventude Monárquica Portuguesa.